Assumo: O negócio é se arriscar.
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Em tempos que o medo é implacável, em que a palavra “crise” anda mais presente
do que qualquer outra coisa, em que nada é certo, tudo é instável, é meio
complicado ler esse título e concordar, não é mesmo? Mas, o que seria da vida
se não fosse o ato de arriscar? É, arriscar.
Jogar tudo pro alto, mesmo que não faça o menor sentido. Poderia contar várias
histórias bonitas e famosas pra ilustrar. Mas, será que você realmente iria enxergar
o que quero dizer?
Num mundo em que
grande parte sofre de ansiedade, vemos que os objetivos futuros nos cegam de
tal maneira que esquecemos de presenciar o agora, e começamos a pensar na
semana que vem, no mês que vem, no ano que vem. E a vida.... Ah, a vida! Ela
está indo embora e você ainda preso nessa jaula do conformismo, de ter algo
garantido. De ter um emprego meia boca, que seu chefe gosta de você, de ser
perto de casa, e que com ele dá pra sair duas ou três vezes com as amigas (os)
ou com a namorada (o). Mas venha cá, e aquele sonho seu? É, aquele, que você
guarda consigo. Aquele último pensamento antes de dormir.... Acredito que algo
te prende, né? É o medo do fracasso.
Mas acredito que nesse parâmetro, o fracasso, ou famigerado “não der certo”,
deve ser mudado pra já para o “aprimorar o que eu quero para algo melhor”. Pois,
quem que foi o filho da mãe que inventou que o fracasso é algo ruim? Algo que
devemos fugir, evitar, negar e/ou se esconder? O que fazemos na vida nada mais
é que aprimorar (pelo menos na prática). E por favor, não
confunda aprimorar como adaptar. Aprimorar é se melhorar, evoluir. E acredito
que o mágico de tudo é exatamente isso. É ver que “... com o fogo vem a
reconstrução; do medo a solução; nada é em vão. ”. Adaptar é aquilo que citei
no outro parágrafo, continuar na mesmice, no que convém, no que é fácil e automático.
Te juro que o outro lado da realidade é bem melhor. É outra perspectiva, é
outra realidade. A vida parece fazer muito mais sentido, é tudo muito mais claro. Vai
se questionar, “Mas demorei tanto, pra quê?!". A vida é curta demais pra você
não correr atrás de algo que pensa que é incerto. Incerto mesmo é você chegar
no fim da vida feliz de verdade com o seu caminho trilhado. Pois não existe coisa mais
triste do que não ter tido pelo menos uma vez na vida a coragem, a destemidez e o prazer de ter se arriscado. Pois viver é
se machucar, é pôr a cara a tapa, sofrer, chorar, cair, levantar, apanhar, é
saber que nada vai ser fácil. E como diz Mr. Tyler Durden “Eu não quero morrer
sem nenhuma cicatriz”. Serve tanto pra dentro, quanto pra fora.